Flexibilidade de horário, amplo mercado de trabalho e autonomia para decidir o melhor rumo a tomar são alguns dos grandes motivos pelos quais a carreira de corretor de imóveis atrai cada vez pessoas de todos os ramos e idades, mas o maior de todos, com certeza, é a expectativa de altos ganhos mensais. No entanto,apesar de não haver limites para o quanto um bom corretor de imóveis possa receber por mês, há muito mais mito do que realidade na maioria das projeções, principalmente entre quem está começando na área.

Assim como em qualquer outra profissão, o início não é fácil para ninguém e demanda muita dedicação e estudo para atender à clientela cada vez mais exigente e também para conseguir destaque entre a concorrência.

Além disso, é sempre bom lembrar que, neste caso, o corretor imobiliário não trabalha com salários fixos, por isso a sua renda é variável de acordo com o seu empenho e o mercado, é claro. Mas afinal, quanto um corretor de imóveis ganha de comissão?

Comissão varia de acordo com o tipo e valor do imóvel

De uma forma geral, de acordo com o CRECI-SP, a comissão média é de 6%, mas elas dependem do tipo de imóvel que está sendo vendido. De acordo com a tabela do CRECI-SP, para a venda ela varia entre 6% e 8% para imóveis urbanos ou industriais, de 6% a 10% para imóveis rurais, e é de 5% para venda judicial. Já para a locação de imóveis a comissão é correspondente ao valor de um aluguel, geralmente o primeiro, e, nos casos da locação por temporada com prazo de até 90 dias, ela equivale a 30% do valor recebido pelo locador.

Há comissões também para a administração e gerenciamento de imóveis, sendo de 8% a 10% sobre o aluguel e encargos recebidos nunca inferior a R$ 50,00, e de 5% a 10% para clientes cuja cartela imobiliária seja, comprovadamente, superior a R$ 100 mil por mês. Para a administração de condomínios, a comissão é de 5% a 10% sobre o valor arrecadado mensalmente pelo mesmo, tendo como piso R$ 850,00.

A tabela faz distinção também entre as comissões de imóveis novos e antigos. Na venda de empreendimentos imobiliários a comissão pode variar entre 4% e 6%, já se o imóvel for antigo essa comissão é fixada em 6%. A tabela também contempla outros casos previstos, como a autorização expressa para a procura de imóveis, intermediação de cotas de consórcio imobiliário e Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), pareceres e serviços prestados.

Faz diferença ser autônomo ou ter carteira assinada

A princípio, o corretor de imóveis está enquadrado na categoria de autônomo, portanto, de acordo com as regras CLT, o que ele ganha não é considerado um salário – mas há casos em que o corretor de imóveis tem a sua carteira assinada por uma imobiliária, recebendo um salário fixo além da sua comissão por cada venda intermediada e concretizada. Também nesse caso a comissão deve respeitar a tabela do CRECI, jamais ultrapassando os percentuais definidos pelo órgão regulador.

No entanto, é bom prestar atenção porque quando o corretor trabalha para uma imobiliária, essa mesma comissão pode ser dividida entre ele e a empresa – ficando abaixo do percentual definido de 6%, por exemplo. Isso acontece porque há a possibilidade de a transação envolver mais de um corretor, portanto a imobiliária é obrigada a repassar o pagamento da comissão a todos os envolvidos na negociação.

 

Planejamento e disciplina são essenciais

O mercado imobiliário é amplo, as oportunidades são muitas e os ganhos são ilimitados, mas para saber aproveitar a oscilação econômica e compreender o momento certo de mudar de estratégia é preciso ficar atento – caso contrário, a quantidade de comissões pode não atingir o patamar desejado. Basta pegar como exemplo a venda de um imóvel de R$ 120 mil: com uma comissão de 6%, o corretor terá um ganho de R$ 7,2 mil. Se vender outro de R$ 250 mil, a sua parte será de R$ 15 mil.

Se todo mês o autônomo conseguir vender dois apartamentos nesses valores, esse será seu ganho mensal: R$ 22,2 mil. Nada mal, mas é bom lembrar que talvez nem todo mês ele consiga essas vendas – e em outros elas sejam ultrapassadas. Por isso é preciso planejamento.

O pulo do gato está justamente em multiplicar a comissão o máximo possível, sem deixar-se acomodar por um mercado aparentemente estável ou imaginar que as vendas cairão do céu. O profissional deve estar preparado para atuar em todas as frentes do mercado, como avaliação de imóveis,administração de aluguéis e condomínios, elaboração de contratos etc, de forma a diversificar seus ganhos e multiplicar suas comissões.

Dessa forma você alcança a tão sonhada autonomia e se estabelece no mercado criando diferenciais para a sua carreira.

Fonte: Tecimob

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